Ainda hoje, é quase universal associar o autismo com a cor azul, algo que causa muitas discussões. Nas celebrações do Dia Mundial do transtorno do espectro autista e em muitas campanhas de conscientização, o azul é exibido como símbolo. A seguir, você irá descobrir por que o azul foi selecionado para representar o autismo e os motivos de ser problemático e prejudicial.

O azul foi introduzido pela Autism Speaks, uma das maiores organizações sobre o TEA nos Estados Unidos. Eles criaram a campanha “Light It Up Blue” (Ilumine-o de Azul).
A Autism Speaks sempre foi envolvida em polêmicas por seus posicionamentos e essa escolha não foi diferente. Quais são os motivos para a cor azul ser um erro?
Estereótipos de Gênero associados á cor azul
O azul tem sido historicamente associado ao gênero masculino. Ao usar o azul para representar o autismo, se reforça a ideia que o autismo afeta apenas homens ou meninos. No entanto, o autismo afeta pessoas de todos os gêneros, e essa representação pode desconsiderar e excluir as experiências das mulheres e pessoas não-binárias no espectro autista.
Estereótipos de comportamento sobre autismo
O autismo é um espectro amplo e diverso, afetando cada indivíduo de maneira única. Tentar resumir essa complexidade em uma única cor pode ser redutor e não reflete a riqueza e a variedade de experiências, habilidades e desafios que as pessoas no espectro autista enfrentam.
Falta de Consulta à Comunidade Autista
Muitas organizações e ativistas autistas apontam que a Autism Speaks, responsável pela campanha “Light It Up Blue”, historicamente carece de representação autista em suas lideranças. Isso levanta questões sobre quem está tomando decisões sobre como o autismo é representado e se a comunidade autista está sendo devidamente consultada e incluída nesses processos.
Conclusão
Em suma, a escolha da cor azul para representar o autismo foi criticada principalmente por simplificar demais a condição, reforçar estereótipos de gênero e por não envolver adequadamente a comunidade autista nessa decisão. É essencial buscar representações mais inclusivas, respeitosas e que reflitam a diversidade de experiências e perspectivas das pessoas no espectro autista e acabar com a invisibilidade das mulheres no espectro.